Casual

Postado por Dayanne às 00:09

Era a festa mais esperada da semana. Te vi entrando pela porta com um olhar que procura algo no meio da multidão, e o encarei para assistir até onde aquela cena continuaria.  Seus olhos encontraram com os meus. Olhei para baixo. Disfarcei. Levantei a cabeça e lá estava você no mesmo lugar, dessa vez com um sorriso no rosto impedindo o desvio da minha atenção para outros cantos. Meus amigos uma vez me disseram que isso era fase, ou bebida, ou carência. Ou algo que eles ainda não conseguiram definir, mas que passaria com o tempo.

E então você chegou mais perto, me puxando de leve pela cintura e eu quis sair correndo e ao mesmo tempo ficar. Nome? Luiza. Idade? 22. Era tudo que você sabia.  Senti carinho que talvez não deveria sentir, droga!.  Se estivesse com uma boa consciência sairia correndo dali o quanto antes, mesmo sendo tachada de louca no final da noite. Antes louca, que sozinha.

Nos beijamos no meio da multidão sem nada marcado. Odeio coisas que já ficam previstas para acontecer e por um capricho do destino você foi meu encontro casual. Meu coração estava acelerado. A música brega estava alta, e eu não entendia muito bem a letra. Minha cabeça estava zonza, talvez por ter bebido demais, mas o que importa mesmo? Não é isso que todos querem? Se divertir? Tô tentando me juntar ao mundo para preencher meu coração que anda vazio esses dias. Coitado! Quem liga pra isso? Eu ligo. Eu ligo...

Você me mostrou naqueles instantes que essa mulher que sorria alto e tentava chamar atenção de algum jeito, não era eu. E eu concordei. Você me reparou no meio daquela multidão, e risos altos, bebidas. Fiquei assustada com aquele cuidado, aquele encanto e te dei um tchau seguido de um beijinho na testa e pra piorar as coisas você anotou o número do meu telefone. Saí como uma louca, perdida que estava em busca de algo que não sabia o que era. Fiquei me perguntando por alguns segundos se estou "tão nem aí", ao ponto de não dar chances para vida, afinal, não quero ver meu coração ser esfarelado aos poucos por amores mal resolvidos, telefones não retornados e sentimentos jogados no lixo novamente. Isso ficou passando pela minha cabeça naquele dia, "Quando foi é que deixei de ir em busca do amor, e passei desacreditar das pessoas mesmo?"  Me pergunto até hoje. E quer saber? Cansei dessa infinita busca. O amor que me encontre dessa vez...






1 comentários

1 comentários:

M i i a h disse...

Cada dia que passa vc escreve melhor, e eu fico cadaa vez mais louca pra ler um livro seu <3<3<3

http://pequenamiia.blogspot.com.br/

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