“Mas eu amo você. Só queria terminar dizendo isso. Eu amo você. De verdade

Eu juro que me importo, juro que as vezes por pensar em tantas palavras não consigo falar nenhuma. Juro que tento explicar, ser melhor... e acabo sendo pior. As vezes quero que isso tudo acabe, as vezes quero que minha vida comece, as vezes tento desvendar suas palavras... seus possíveis desejos, sua vontade de se libertar para bem longe. Juro que me vejo como uma chata, uma ingênua que só consegue escrever escrever e escrever... e nunca falar, nunca tomar atitude e correr atrás. Eu juro que dói, que da raiva, que a cabeça da voltas, o estômago embrulha. Da vontade de ir la correndo, explicar, falar e  berrar dizendo "ei, eu te amo seu bobo, fica aqui... volta por favor".  Eu finjo que não me conheço, finjo que não sei que sou birrenta, dramática, orgulhosa e não consigo dizer um não, não consigo por "fim" em nada, gosto de ver todo mundo feliz... [mesmo não parecendo as vezes] gosto de demonstrar mesmo não demonstrando, sorrir mesmo sem achar graça, odeio ter pesadelos, odeio chorar sozinha, odeio solidão, rejeição e odeio também quando embolo nas palavras. E por esses grandes e horríveis defeitos, sinto que você se vai... assim como os outros, você se vai por não me aguentar mais, por poder conseguir algo melhor, algo que encante seus olhos talvez. Você se vai  aos poucos, mesmo sem perceber, mesmo sem dar adeus, e sem despedidas....
E eu? Só sinto um buraco enorme dentro de mim, que só a tristeza preenche, eu te vejo indo embora, eu quero te dizer tudo que sinto, alguns pedidos de desculpas talvez, algo que o faz voltar... mais ainda insisto em me aposentar nas minhas cretinas palavras escritas... nunca faladas, somente sentidas. E só eu sei o quanto dói ver a melhor coisa do mundo indo embora.

Dedico para: Thiago Henrique Penido