Eu odeio te amar tanto

Eu sou aquela carta longa, que você demora a entender mesmo fazendo qualquer tipo de esforço. Eu sou aquela mulher que ama o passado. Que quer ser menos insegura com a vida, e mais segura consigo mesma. Que muda a todo segundo de opinião. E que consegue amar e odiar a mesma coisa umas trinta vezes no dia. Isso te confunde né? Desculpa.

O nosso pra sempre que você jurou, durou poucos dias. Aliás, na verdade, ele durou uma noite. Bebidas pra lá e conversas jogadas no lixo. E de repente me vi chorando, pedindo pra você não ir embora. E a cada drama meu, era um passo seu que seguia para o mundo de onde você saiu. Aquele mundo cheio de contos, e um príncipe perfeito.

Você prometeu me telefonar e até agora estou aqui. E nada. Nadinha. Você prometeu me fazer sorrir novamente. E eu sorri. Mas dessa fez foi da sua cara. Você prometeu me tirar do tédio, me escrever uma carta e inventar uma poesia. E no nosso fim  me chamou de louca. E eu fui obrigada a concordar. Mesmo sabendo que você é tão louco quanto eu.

 Talvez um dia você pare de pensar no meu jeito que acredita em histórias perfeitas e romances.  E acabe de ler essa carta, que descreve meus trejeitos assim como um manual de instruções. Daqueles que a gente lê, tenta entender e depois desiste. E depois arruma outras coisas e outros lugares pra desvendar.

Mas quer saber, você estava certo mesmo no que disse. Eu sou realmente muito louca. Louca por você.